Advogados veem potencial de 'Lava Jato 2.0' no caso Master, e respiram aliviados com caso no STF
Defesas do caso Banco Master festejam decisão de Toffoli; temor é de Lava Jato 2.0 A reação das defesas no caso do Banco Master é o melhor termômetro do i...
Defesas do caso Banco Master festejam decisão de Toffoli; temor é de Lava Jato 2.0 A reação das defesas no caso do Banco Master é o melhor termômetro do impacto da decisão do ministro Dias Toffoli, que determinou que todas as investigações sobre o tema devem passar pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores, o clima mudou radicalmente. Se antes, com a prisão da cúpula do banco, Brasília estava sem dormir, agora os envolvidos não apenas respiram aliviados, como estão festejando. A avaliação é de que a decisão de Toffoli faz com que eles ganhem tempo. O alívio se explica pelo potencial destrutivo do caso. Segundo investigadores e atores políticos ouvidos pelo blog, as conexões da cúpula do Banco Master formam um combo explosivo que preocupa integrantes da política e do próprio Judiciário. Para advogados que acompanham o caso e conhecem essas conexões, a investigação - se evoluir - tem potencial para se tornar uma eventual "Lava Jato 2.0". Por isso, a decisão de Toffoli de centralizar o inquérito no STF foi recebida com comemoração neste primeiro momento. Pois avaliam que tira pressão do caso por ora e esfria eventuais movimentos de colaborações de envolvidos. LEIA MAIS Toffoli puxa decisões sobre o caso Banco Master para o STF Após decisão de Toffoli, juiz federal envia caso do Banco Master ao STF Decisão após pedido das defesas Toffoli puxa decisões sobre o caso Banco Master para o STF A origem da decisão é a Reclamação 88.121 feita pelas defesas dos diretores do banco. Eles queriam interromper as investigações enquanto fosse decidida a esfera da Justiça responsável pelo caso. Toffoli não atendeu a esse pedido e optou por determinar que, enquanto o tema não for avaliado, toda ação policial que precisar de autorização judicial deve ser solicitada a ele. O ministro também decretou sigilo sobre todo o processo. Antes da decisão desta quarta, Toffoli havia decretado sigilo sobre o pedido da defesa de Vorcaro. A equipe de advogados do executivo acionou o Supremo alegando que a Justiça Federal, que ordenou a prisão do banqueiro, não é a instância (grau do Judiciário) competente para cuidar do caso. Vorcaro e outros 4 dirigentes do Banco Master ficaram presos por 11 dias e conseguiram a revogação da prisão preventiva no TRF-1, na semana passada. Eles deixaram a prisão e estão usando tornozeleira eletrônica.