Entenda projeto aprovado por deputados governistas e da oposição que cria regras contra adultização no ambiente digital
Câmara aprova projeto contra adultização nas redes sociais A Câmara dos Deputados aprovou o projeto contra a adultização nas redes sociais. A aprovação ...

Câmara aprova projeto contra adultização nas redes sociais A Câmara dos Deputados aprovou o projeto contra a adultização nas redes sociais. A aprovação foi simbólica no fim da noite de quarta-feira (20). Teve apoio de governistas e da oposição. “Não existe bandeira partidária ou ideológica. Na defesa das crianças e dos adolescentes, nós queremos sempre estar juntos", disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). “Nós estamos é dando segurança para as nossas crianças. Elas estão vulneráveis a práticas nocivas ao seu comportamento", afirmou a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). O projeto cria regras para proteger crianças e adolescentes no ambiente digital. Fornecedores de produtos com conteúdo impróprio para menores de 18 anos terão que adotar medidas eficazes para impedir o acesso de crianças e adolescentes. A verificação da idade dos usuários não poderá mais ser feita apenas por autodeclaração, o poder público poderá atuar como regulador e, no caso das redes sociais, o texto obriga que as contas de menores de 16 anos estejam vinculadas à conta dos responsáveis. As plataformas também terão que disponibilizar ferramentas para que os pais supervisionar e gerenciar o conteúdo acessado pelos filhos. O relator Jadyel Alencar (Republicanos-PI) modificou o trecho que previa que as plataformas deveriam retirar conteúdos considerados impróprios assim que fossem notificadas, sem necessidade de autorização judicial. Para atender à oposição, ele acrescentou que apenas as vítimas, seus responsáveis, o Ministério Público e entidades de defesa das crianças e adolescentes poderão fazer a notificação. Em caso de descumprimento, as plataformas podem ser punidas imediatamente com advertência e multa, que pode chegar a R$ 50 milhões, dependendo da infração. Já suspensão e proibição de atividades só poderão ser aplicadas com autorização judicial. O projeto foi apresentado no Senado em 2022 e aprovado no fim do ano passado. Ganhou prioridade na discussão depois do debate provocado pelas denúncias do influenciador Felca, que expôs abusos e exploração de crianças e adolescentes na internet. Agora, como o texto foi modificado pelos deputados, vai precisar voltar para o Senado. Entenda projeto aprovado por deputados governistas e da oposição que cria regras contra adultização no ambiente digital Reprodução/TV Globo