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MPPE denuncia por homicídio motorista bêbado que atropelou e matou trabalhador em Boa Viagem; vídeo mostra crime

Vídeo mostra motorista bêbado matando trabalhador atropelado em Boa Viagem O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou à Justiça, na sexta-feira (...

MPPE denuncia por homicídio motorista bêbado que atropelou e matou trabalhador em Boa Viagem; vídeo mostra crime
MPPE denuncia por homicídio motorista bêbado que atropelou e matou trabalhador em Boa Viagem; vídeo mostra crime (Foto: Reprodução)

Vídeo mostra motorista bêbado matando trabalhador atropelado em Boa Viagem O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou à Justiça, na sexta-feira (12), o jovem que atropelou e matou um trabalhador na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, no dia 29 de novembro. Conforme a denúncia, Gabriel Graciliano Guerra Barreto de Queiroz, de 19 anos, estava alcoolizado e em alta velocidade. Ele responde por homicídio e tentativa de homicídio. O homem que faleceu foi Alex Nunes Viana Bezerra, 25, montador alpinista atingido enquanto trabalhava na montagem de uma feira cultural e fazia hora extra para comprar uma geladeira para a mãe. O crime foi filmado. Com o impacto da batida, ele foi arremessado, teve a perna decepada e morreu na hora (veja vídeo acima). ✅ Receba as notícias do g1 PE no WhatsApp O g1 teve acesso ao documento da denúncia. Sobre a morte de Alex, a acusação aponta dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e três qualificadoras: meio cruel, perigo comum e recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas. Gabriel está preso preventivamente no Centro de Observação e Triagem Criminológica Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima, no Grande Recife. O Ministério Público pediu a manutenção da prisão preventiva e reparação de até R$ 1 milhão por danos morrais à mãe de Alex. Além da morte de Alex Nunes, o documento também denuncia Gabriel Graciliano por tentativa de homicídio contra João Paulo Farias, outro profissional que trabalhava na montagem da feira quando o acidente aconteceu, e contra Rafael Santos Silva, um motociclista de aplicativo que chegou a ser atingido pelo carro. O g1 tentou, mas não obteve contato com a defesa do acusado. Segundo a denúncia, o carro dirigido por Gabriel Graciliano invadiu uma área isolada por cones, barreiras e gradis e atingiu os trabalhadores que montavam estruturas metálicas para um evento que aconteceria na manhã seguinte. Com o impacto da batida, Alex sofreu múltiplas fraturas no crânio e no tronco, além de ter uma perna decepada. João Paulo, o outro montador, escapou por uma fração de tempo, conforme o MPPE; já Rafael, o motociclista, ficou ferido no braço e na perna e teve a motocicleta avariada. “Ele [Gabriel ] quebrou Alex em vários pedacinhos, todo o crânio dele. Ele morreu instantaneamente. Acredito que ele nem teve tempo de perceber que ia morrer, porque foi tão rápido. Ele estava trabalhando, inocente. A gente quer que ele [Gabriel] seja julgado e que pague por essa morte”, contou a advogada Emilly Amaral, que representa a família de Alex. LEIA TAMBÉM Segundo irmã, Alex Nunes fazia hora extra para comprar geladeira para mãe A denúncia relata que, após o atropelamento, Gabriel demonstrou indiferença pelo acidente. Ainda segundo o documento, um garçom, ouvido durante o inquérito, afirmou que o criminoso bebeu uma garrafa de vinho sozinho, pouco antes do ocorrido. O MPPE pediu que Gabriel continue preso preventivamente para garantia da ordem pública, além da suspensão da permissão para dirigir. Além disso, o Ministério Público também solicitou R$ 1 milhão por danos morais à mãe de Alex, pensão mensal até a expectativa de vida da vítima e R$ 500 pelas avarias na moto do motociclista atingido. Com o oferecimento da denúncia, o MPPE pediu que o processo siga para pronúncia e que Gabriel seja submetido ao Tribunal do Júri. Entre as medidas, o órgão requer também laudo do Instituto de Criminalística sobre a perícia de local e a comunicação ao Detran‑PE e ao Conselho Nacional de Trânsito sobre a suspensão da permissão para dirigir. Segundo a advogada da família de Alex, a expectativa da defesa é de que Gabriel Graciliano seja julgado pelo júri e o entendimento seja semelhante ao caso caso do estudante João Victor Ribeiro de Oliveira, condenado a mais de 29 anos de prisão por dirigir bêbado, matar três pessoas e deixar outras duas feridas em um acidente de carro na Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em 2017. “A gente quer que esse caso seja julgado equiparado àquele caso da Tamarineira, porque é um processo que aconteceu muito parecido. As vítimas foram pessoas, digamos assim, de uma classe social equiparada a do motorista e eles foram julgados no júri. Não teve dúvidas do dolo eventual, foi julgado pelo júri. A gente só quer justiça”, dividiu Emilly Amaral. O g1 procurou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para saber se a denúncia já foi recebida pela corte, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. A defesa de Gabriel Graciliano Guerra Barreto de Queiroz também foi procurada, mas não enviou resposta até a última atualização desta reportagem. Momento em que motorista bêbado atropela e mata trabalhador em Boa Viagem Reprodução/WhatsApp VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias